O uso sem indicação médica de reposição de testosterona, o principal hormônio sexual masculino, é totalmente desaprovado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Infelizmente, o seu uso vem aumentando por homens que têm como principal objetivo ganhar disposição e massa muscular rapidamente. Os usuários mais frequentes são alunos de academias de ginástica e fisiculturistas. Alguns medicamentos são vendidos, ou melhor, deveriam ser vendidos, apenas mediante retenção de receita. No entanto, no nosso país muitas farmácias violam a lei e vendem injeções e géis de testosterona livremente.
Muitos desses usuários desconhecem seus efeitos colaterais indesejáveis. O aumento desse hormônio acima do nível normal pode elevar a concentração de células sanguíneas (hemácias) no sangue com risco de embolias, causar aumento das mamas acompanhado de dor (ginecomastia), aumento da glândula prostática e uma série de disfunções hormonais no organismo, que resultam até na atrofia dos testículos e, consequentemente, na diminuição da produção de espermatozoides e infertilidade.
O grande dilema do uso inadequado de testosterona é que desconhecemos se, uma vez terminada a administração das injeções ou géis, o testículo (principal produtor de testosterona do homem) voltará a funcionar corretamente. Além disso, não sabemos quanto tempo esta volta ao normal irá demorar.
Portanto, a SBU desaconselha e reprime severamente o uso sem prescrição médica de qualquer medicamento à base de testosterona. O seu uso está indicado nos casos de hipogonadismo, ou seja, nos homens que têm níveis baixos desse hormônio.
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