quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Anorgasmia: Por que tenho tanta dificuldade em atingir o orgasmo?


Existem mulheres que nunca tiveram orgasmo e as que experimentaram a sensação somente algumas vezes, descubra o porquê.




A anorgasmia - dificuldade na obtenção do orgasmo - pode ser vista em três fases. A primária diz respeito às mulheres que, desde o início da vida sexual não obtiveram orgasmo. A secundária diz respeito às mulheres que já experimentaram o orgasmo algumas vezes e, por algum motivo (muitas vezes não aparente), deixaram de tê-lo. A situacional refere-se às mulheres que tiveram orgasmos uma ou mais vezes, mas só sob certas condições.

O orgasmo é uma descarga de tensão muscular numa série de contrações. Não tem uma expressão única: difere de um sexo para outro, de uma pessoa para outra e de uma experiência para outra. Não existe um tipo ou tempo certos para o orgasmo. Cada mulher experimenta diferentemente o tipo e intensidade de estimulação que leva ao orgasmo.

O diagnóstico do
transtorno orgásmico é fundamentado no julgamento clínico de que a capacidade orgásmica da mulher é menor do que se poderia esperar para sua idade, experiência sexual e o tipo de estimulação sexual que recebe. 


O
transtorno orgásmico feminino não possui causas físicas, isto é, não existe no corpo feminino normal nada que possa explicar a ausência de orgasmos.

E não está ligado a nenhum outro transtorno mental, a não ser a outras
disfunções sexuais. Este transtorno está ligado a questões psicológicas da mulher que o vivencia, sendo: educação sexual adquirida, moléstia sexual, repressão, falta de conhecimento de seu próprio corpo, inexistência de comunicação ou intimidade adequada entre o casal.

O orgasmo é um fato complexo em que intervêm fatores fisiológicos, endócrinos e predominantemente, fatores psicológicos.

A mulher que apresenta esta dificuldade revela características marcantes: é desconfiada, controladora (consegue saber sobre tudo que passa à sua volta), dominadora, tem medo de ser abandonada, medo de afirmar a independência, sentimento de culpa frente à sexualidade, hostilidade em relação ao parceiro, medo de perder o controle sobre sensações e comportamento, apresenta como mecanismo de defesa o
supercontrole.

A mulher de hoje sabe do direito ao orgasmo, porém, muitas vezes esquece que assim como andar e escrever, o
orgasmo é aprendido.
Mitos e conceitos distorcidos sobre o orgasmo se perpetuam em nossa cultura deixando muitas mulheres sentirem-se desconfortáveis por não se enquadrarem neste atual padrão imposto. Você, mulher, tem o direito de viver sua sexualidade de forma plena.
Eliane Marçal - psicóloga clínica e hipnoterapeuta (Londrina)


Fonte: Bonde

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ultrassom nos testículos 'pode ser novo contraceptivo masculino'

Estudo feito em ratos mostrou que duas aplicações de 15 minutos reduzem o número de células produtoras de esperma


A aplicação de ultrassom nos testículos pode suspender a produção de esperma, segundo pesquisadores que estudam uma nova forma de contracepção masculina.


Um estudo com ratos, publicado na revista científica Reproductive Biology and Endocrinology, mostrou que as ondas de ultrassom podem ser usadas para reduzir a contagem de esperma a níveis considerados inférteis em humanos. 


Os cientistas descrevem o ultrassom como um "candidato promissor" como contraceptivo, mas novos testes ainda serão necessários para garantir que o método é seguro e que o efeito é reversível.

O conceito de usar as ondas sonoras para reduzir a fertilidade masculina surgiu nos anos 70, mas agora está sendo explorado a fundo por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que receberam financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates.


'Água salgada'

O mais recente estudo descobriu que duas aplicações de 15 minutos "reduzem significativamente" o número de células produtoras de esperma e a contagem de esperma.


As sessões se mostraram mais eficazes quando realizadas com um intervalo de dois dias e através de água morna salgada.



Em humanos, segundo os pesquisadores, homens são considerados subférteis quando sua contagem de esperma fica abaixo dos 15 milhões/ml. A contagem de esperma nos ratos ficou abaixo de 10 milhões/ml.


"Ainda precisamos de mais estudos para determinar por quanto tempo dura o efeito contraceptivo e se é seguro utilizá-lo múltiplas vezes", disse o líder da pesquisa James Tsuruta.

A equipe também precisa garantir que o efeito do ultrassom será totalmente reversível, podendo ser usado com contraceptivo e não como esterilização, além de analisar se pode haver danos cumulativos com a repetição das aplicações.

"A ideia é boa, mas ainda é necessário muito trabalho", disse o professor de andrologia da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, Allan Pacey.

Segundo ele, é provável que a produção de esperma volte ao normal após as aplicações, mas "os espermatozoides podem ficar danificados e qualquer bebê que venha deles pode ter problemas".

"A última coisa que queremos é um dano prolongado ao esperma."
 

Fonte: Portal IG