A dor e o desconforto podem acontecer durante a penetração anal porque a musculatura do esfíncter - diferente da vagina que possui elasticidade para acoplar o pênis - é muito rígida e quando estimulada provoca contração reflexa. Se não houver um relaxamento adequado a dor é inevitável. Outro fator que pode dificultar o relaxamento muscular é o medo, elevando ainda mais a dor.
Isto posto, torna-se inevitável o uso de preservativos pelos motivos acima expostos e por causa do risco de transmissão de Aids (haja vista a frequência com que os pequenos ferimentos ocorrem nessa prática sexual, tornando-se uma porta de entrada para o HIV).
Por outro lado, a relação anal não expressa nenhuma tendência homossexual como muitas mulheres desconfiam de seus parceiros quando convidadas por eles a experimentar esse tipo de prazer. A homossexualidade se caracteriza pela atração por alguém do mesmo sexo e não pela penetração anal.
Se a relação anal é uma das formas encontradas pelo casal para se obter o prazer, o uso de lubrificantes neutros à base de água deve ser uma escolha para evitar maiores lesões da mucosa, e o uso de preservativos, como já mencionado anteriormente, um componente indispensável nessa prática sexual.
Porém, se a penetração anal não for desejada pela mulher ou se ela constatar que não sente prazer com essa prática, é bom repensar nas alternativas criativas que possam elevar o prazer sexual do casal respeitando algumas diferenças que possam advir das partes envolvidas nesse relacionamento.
Afinal, pode ser empobrecedor para a vida erótica de um casal não a ausência de uma prática sexual específica, mas não saber desfrutar do prazer que o sexo em toda a sua extensão pode proporcionar a ambos.
A liberdade que garante a satisfação sexual não se sujeita a imperativos de qualquer natureza que não parta de uma escolha íntima e compartilhada na vida a dois.
Margareth de Mello F. dos Reis - psicóloga e terapeuta sexual
Fonte: Portal Bonde
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