sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Você sabe o que é doença de Peyronie?

A doença de Peyronie é uma patologia caracterizada pelo aparecimento de placas endurecidas no pênis, que usualmente causam deformidade no órgão. Acomete aproximadamente de 0,5% a 1% da população masculina e se manifesta mais comumente entre os 50 e 60 anos de idade.

Não se sabe ao certo qual a causa desta doença, mas algumas teorias postulam que traumatismos repetidos no pênis (ex: relação sexual) causem uma espécie de cicatriz na túnica albugínea, que é o envoltório interno do pênis. Com o aparecimento dessa cicatriz, forma-se a placa endurecida característica, que através do encurtamento da túnica unilateralmente, provoca a curvatura do órgão. 

Cerca de 80% dos pacientes apresentam impotência sexual concomitantemente ao quadro. Este fato está mais relacionado ao efeito psicológico que a deformidade no órgão causa do que a doença de Peyronie propriamente dita. 

No início da doença o paciente tem apenas dor no pênis, principalmente durante a ereção. Essa dor inicial é uma manifestação do processo inflamatório na placa fibrosa. À medida que essa inflamação se resolve, diminui a dor e aparece a curvatura, num processo que pode levar alguns meses até anos.

O tratamento medicamentoso da Peyronie não é muito satisfatório, pois ainda não se descobriu uma droga realmente eficaz para barrar ou reverter a deformidade peniana. Atualmente a medicação mais usada é a vitamina E via oral, mas também existem opções de drogas injetáveis (na lesão). Alguns pacientes podem apresentar estabilização ou melhora da curvatura, mas isto também é observado sem medicação.

O tratamento cirúrgico só é indicado nos pacientes em que a curvatura peniana impede a relação sexual ou nos que desenvolvem impotência sexual em decorrência da deformidade. A cirurgia também só pode ser feita naqueles indivíduos que apresentam estabilização da doença, ou seja, que não estão tendo progressão da curvatura por pelo menos seis meses. Existem várias técnicas cirúrgicas, que são indicadas de acordo com cada caso. 


Mitos e Verdades 

- Não é correto dizer que a doença de Peyronie pode se transformar em câncer se não for tratada
- Pesquisas afirmam que o câncer de pênis e a doença de Peyronie são patologias distintas, sem relação causal. Mas nada impede que um paciente com doença de Peyronie apresente, posteriormente, câncer de pênis; por isso a vigiância se faz necessária. 


Juliano Plastina, urologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia


Para saber mais sobre o tratamento de correção da curvatura peniana, acesse o site: www.aumentopenianoplenus.com.br


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Carne ameaça fertilidade masculina

Dietas ricas em carne vermelha (bovina e suína) devem ser evitadas por homens que pensam em ter filhos - principalmente os que precisam recorrer a técnicas artificiais de reprodução. Um estudo brasileiro publicado recentemente na revista científica Fertility and Sterility apontou o consumo excessivo do alimento como o mais novo vilão da infertilidade masculina. Para especialistas ouvidos pelo Jornal da Tarde, a ingestão de 68 gramas a cada 1 mil calorias diárias (o equivalente a um bife por dia) já seria o bastante para caracterizar o perigo. 

"O excesso pode influenciar na qualidade do sêmen e prejudicar a motilidade (capacidade de movimentação) e a taxa de implantação (capacidade do esperma gerar um bom embrião)", diz o especialista em reprodução humana Edson Borges, coordenador da pesquisa conduzida pelo Instituto Sapientiae, vinculado à Faculdade de Medicina de Jundiaí. 

Foram entrevistados 250 homens submetidos a fertilização assistida. O hábito de consumo excessivo de carne vermelha foi confirmado por todos - o que levou os pesquisadores a relacioná-lo com a infertilidade. 

Segundo Marcello Cocuzza, médico-assistente do Centro de Reprodução Humana da Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas (HC), as alterações no sêmen ocorrem por conta do aumento do estresse oxidativo no organismo - uma espécie de desequilíbrio entre a produção de radicais livres (moléculas liberadas pelas células durante a absorção dos alimentos) e os antioxidantes (moléculas que ‘combatem’ os efeitos negativos dos radicais livres, como alterações celulares, envelhecimento e algumas doenças, entre elas osteoporose e câncer). "A carne vermelha em excesso funciona como gatilho para desencadear o processo de estresse no organismo", diz Cocuzza. 

Nada que preocupe o gerente de churrascaria Odair Romansin, de 32 anos. Gaúcho de Constantina, ele afirma que consome carne vermelha todos os dias - numa dieta que supera os 300 gramas semanais indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "(Como) pelo menos um bife por dia. Se carne vermelha fizesse mal, os gaúchos seriam estéreis", ironiza o pai de André Luiz, de um ano e sete meses. "Tenho certeza que carne faz bem. Tanto que o meu filho já gosta de comê-la sangrando, bem mal passada." 

Além de provocar estresse oxidativo, o excesso de carne vermelha também pode aumentar a ingestão de substâncias nocivas à saúde. "Ingerimos xenoestrogênios e esteroides anabolizantes, substâncias tóxicas sintéticas utilizadas na ração para engordar o gado confinado. Ambas são capazes de interferir na fertilidade masculina", diz o pesquisador Borges (com o Jornal da Tarde).





Fonte:   http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--8-20111003&tit=carne+ameaca+fertilidade+masculina

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Obesidade pode ser associada a falta de orgasmo?


O mundo moderno passa por intensas transformações. Entre as mais evidentes está o comportamento sexual. As pessoas, de um modo geral, buscam cada vez mais informações; procuram se conhecer melhor e também conhecer melhor seu parceiro ou parceira para uma vida sexual mais saudável e feliz.

Mas ainda há muito o que avançar. Segundo estudo publicado pela Revista Brasileira de Medicina, 29% das mulheres têm dificuldades para atingir o orgasmo. Isso se chama anorgasmia.

A anorgasmia é a ausência recorrente de orgasmo, após uma fase de excitação normal, ocorrida com estimulação adequada em intensidade e duração. Ela pode ser classificada como primária, quando ocorre com pessoas que nunca atingiram um orgasmo, seja através da relação sexual ou da masturbação; secundária, ocorre em pessoas que tinham orgasmos em relações sexuais e deixaram de tê-los de forma sistemática; absoluta, se a pessoa é incapaz de atingir um orgasmo pela relação sexual ou pela masturbação, em nenhuma circunstância; e situacional, se a pessoa pode alcançar um orgasmo, mas só em circunstâncias específicas.

Há vários fatores - orgânicos e/ou psicológicos - que podem provocar a falta de orgasmo. As mulheres reagem de forma diferente dos homens aos estímulos. Elas são mais sentimentais e românticas, têm que sentir e ser sentidas. As mulheres precisam se sentir bonitas, ter segurança, melhorar a auto-estima. Já o homem é mais visual. Ele precisa tocar.

Entre os fatores orgânicos podemos destacar problemas com a tireóide, circulação sanguínea, cardiopatias, obesidade, diabetes, depressão, abuso do cigarro. Essas situações podem comprometer a excitação e, em consequência, o orgasmo. A boa notícia é que a anorgasmia tem tratamento com ótimos resultados.

No www.abcdasaude.com.br são apresentadas algumas técnicas para que as mulheres entendam mais o seu corpo. Se a questão for clínica o melhor caminho é procurar um médico para uma avaliação.

Márcio D. Menezes, cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual


Fonte:  http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--204-20110930