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Respirar o ar poluído de uma grande cidade pode prejudicar a existência das gerações futuras. Literalmente: de acordo com uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Guangzhou, na China, há relações entre a fumaça liberada por veículos motorizados e a disfunção erétil.
É verdade que o estudo foi feito em ratos, mas liga um alerta sobre a amplitude de efeitos nocivos de conviver em meio à poluição. Para a pesquisa, publicada no The Journal of Sexual Medicine, foram divididos em quatro grupos de dez ratos, sendo que cada um foi exposto à diferentes níveis poluentes ao longo de três meses.
O primeiro e mais sortudo grupo de ratos foi de controle, e passaram esse tempo respirando ar puro. Já os outros três, foram expostos aos poluentes que normalmente saem dos escapamentos dos carros por duas, quatro e seis horas por dia, respectivamente, cinco dias por semana.
Quando o período de tortura respiratória terminou, testaram como estava o funcionamento do pulmão dos animais, além da capacidade de ereção dos bichinhos por meio de estímulos elétricos.
A conclusão foi que, quanto mais tempo exposto à poluição, com mais problemas eréteis ficaram os ratos. Medida a pressão intra cavernosa do pênis dos roedores, os animais que ficaram expostos a quatro horas de poluição tiveram redução de 38,6% de sua “potência” em relação ao grupo de controle. A redução aumentou para 45,6% para os que respiraram seis horas por dia de poluição.
Os resultados não necessariamente significam que o mesmo aconteça com humanos, conclusão essa que só pode ser confirmada com testes clínicos. Os pesquisadores, no entanto, relacionaram a condição observada nos ratos a uma combinação de inflamação sistêmica, disfunção pulmonar e níveis reduzidos de óxido nítrico, fundamental para a síntese de tecido erétil.
Embora esse caso ainda demande muita pesquisa científica para que a relação possa ser comprovada, outros estudos já demonstraram os impactos negativos da poluição na saúde humana. Os efeitos são amplos, indo do mau humor e redução da inteligência, a alterações no coração e morte.
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