A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla
em inglês) aprovou nesta quarta-feira o uso do botox para tratar incontinência
urinária de pessoas com quadro neurológico grave, como a esclerose múltipla, e
que sofram de hiperatividade na bexiga.
As contrações incontroladas da bexiga em pacientes que sofrem transtornos
neurológicos fazem com que eles sejam incapazes de controlar a urina. O
tratamento padrão inclui medicação para relaxar a bexiga e cateteres para
esvaziá-la regularmente, disse o órgão em comunicado.
"A incontinência urinária associada a certos danos neurológicos é difícil de
conduzir, e o botox é uma outra opção de tratamento para estes pacientes", disse
George Benson, subdiretor da Divisão de Reprodução e Produtos Urológicos.
A injeção do botox é realizada mediante uma citoscopia, procedimento que
requer anestesia geral e que permite ao doutor visualizar o interior da bexiga.
A duração efetiva da terapia é de aproximadamente nove meses, segundo a FDA.
Dois estudos clínicos com 691 pacientes que sofriam incontinência urinária,
resultado de algum dano na medula espinhal ou por esclerose múltipla, mostraram
estatisticamente reduções significativas na frequência das incontinências pelo
grupo que tinha aplicado o botox, em comparação com o que tinha sido tratado com
placebo.
Os efeitos secundários mais comuns no tratamento com botox foram infecção
urinária e retenção urinária, que tem que ser tratada mediante cateter.
Além de ser usado para melhorar a aparência das rugas faciais, o uso do botox
também foi aprovado para o tratamento de dor de cabeça crônica, em certos casos
de rigidez muscular, para sudoração nas axilas e para tratar pacientes que
sofram contração ocular ou tenham os olhos não alinhados.
Fonte: Folha
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